quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sendo protagonista das próprias emoções

   Em mais uma parte do meu ensaio sobre as emoções, resolvi relatar os últimos dois dias que passei nesta semana como mais uma parte de meu aprendizado pessoal.
   É interessante observar como existem situações em nossas vidas que se repetem até conseguirmos lidar plenamente com elas.
   Voltei ao meu trabalho após minha licença maternidade e por questões administrativas mudei de setor no hospital onde trabalho e de maneira muito direta fui rejeitada pela equipe que me recebeu. Sempre existem essas situações, principalmente na área da saúde, mas dessa vez um ponto foi diferente: MINHA ATITUDE.
   Quando entrei a primeira vez em meu trabalho por concurso público, ou seja, por minha competência, a quase 10 anos atrás, aconteceu a mesma situação, o que me levou a deprimir-me muito e ficar pensando onde estava meu erro ou o que eu poderia fazer para as pessoas me aceitarem.
   Passei grande parte da minha vida profissional pensando nisso e sempre com medo da rejeição, o que me levou muitas vezes a tomar antidepressivos e ansiolíticos e ter verdadeiro pânico quando era minha escala de plantão.
   Mantive-me longe por muito tempo e por motivos do destino, retorno novamente ao meu labor, e para minha velha surpresa, uma nova recepção ruim, com fofocas e mentiras.
   Mas...
   Desta vez, quem resolveu conduzir a vida de maneira diferente foi eu...
   Comecei a perceber que as pessoas vão SEMPRE dizer o que querem, da maneira que querem e muitas vezes sem realmente usar uma consciência crítica para isso. Reparo que o uso dessa consciência é uma grau de diferencial entre pessoas que começam a desenvolver-se como ser humano, daquelas que somente deixam a vida passar.
   Ter confiança no que somos e em que podemos fazer, é primordial para que possamos passar por situações adversas como essas sem nos abalarmos. É claro que não estou dizendo que não vamos nos entristecer, mas o limiar para processar a situação e retornar ao normal deve ser rápido.
   É impressionante como que se não tivermos o controle de nossa mente, nos deixamos perder em meio ao pessimismo do mundo.
   As pessoas não vão mudar porque queremos e muito menos vão criar consciência porque queremos, esse papel é nosso, nesse caso, meu.
   Dessa vez eu aprendi a lição, passados 10 anos, a mesma situação se põe diante de mim como uma lição ainda não cumprida, e o que à fez ser finalizada agora foi a percepção e mudança da emoção sentida por mim diante da adversidade.

O elenco pode ser diferente, mas a protagonista que deve atuar no cenário da própria vida sou eu.